História
Foram os ameríndios da tribo CAIAPÓS, os originários habitantes do sertão onde se situa hoje o município de Gurinhatã. Ali viviam, até a chegada do home branco, as tribos indígenas dominadoras destas paragens entre os rios Tijuco e da Prata, numa superfície regional pouco acidentada e formando um modelar ‘pilão’ neste Brasil-Central.
Gurinhatã é efeito da ação desbravadora de bravos bandeirantes, e da determinação de vários intrépidos sertanistas, que se tornaram seus primeiros posseiros, responsáveis, no passado, por sua situação atual, no contexto das Minas Gerais.
Na obra denominada ‘Toponímia de Minas Gerais’, do autor Joaquim Ribeiro da Costa, da Imprensa Oficial da Capital Estadual Belo Horizonte, o nome GURINHATÃ, na etimologia vernácula significa: ‘A AVE QUE CANTA MUITO’, traduzindo-se assim: ‘GUIR + ENHÉ + ATÁ’. Seu adjetivo gentílico que melhor identifica é GURINHATÃENSE.
Por tradição familiar, numa linguística não formal, porém coloquial, seus moradores a chamam carinhosamente de ‘CIDADE DO PÁSSARO AZUL’.
O ilustre galeno EDELWEIS TEIXEIRA, Historiador abalizado e cujo nome se encontra registrado imortalmente no LIVRO DE OURI da História das primeiras e principais cidades do falado ‘SERTÃO DA FARINHA PODRE’, é que nos reporta, numa mnemônica imperecível, GURINHATÃ, o antigo e badalado SÃO JERÔNIMO.
O nome ameríndio significa ‘SANHAÇO AZUL’, nome científico da EUPHONIA ÁUREA, família dos TRANSGRÍDEOS.
A fazenda de São Jerônimo Pequeno, nas cabeceiras do ribeirão desse nome, pertenceu a José Venâncio Machado de Resende, falecido antes de 1874. À beira da estrada, debaixo de frondoso jatobazeiro, ergueu-se um cemitério, o ‘Cemitério do Jatobá’, diz Edelweis.
Sucedeu-lhe, na posse, José Nunes de Medeiros, que por sua vez vendeu-a a Antônio Bartolomeu, vulgo ‘Antônio Abadis’, por ser natural de Tupaciguara, denominada ‘Terra da Mãe de Deus’, antiga Abadia do Bom Sucesso. Ao efetuar a partilha entre os herdeiros, Hilário Guimarães foi se afazendar no perímetro do atual patrimônio da povoação. José Martins Alameu, nascido há 24 de agosto, São Bartolomeu, dia aziago pela matança dos huguenotes na França, Alameu era oriundo do Prata, foi o doador do patrimônio, inaugurado festivamente a 25 de maio de 1930. Por título passado em setembro de 1930, oficializou-se a doação em escritura pública. Nos fundos da capela, cerca de 200 metros, à nascente, está o primitivo cemitério. Em nossas pesquisas – diz Edelweis, fomos encontrar ao lado do cepo do jatobazeiro que o machado destruidor a pouca havia derrubado…’
Na casa do Cornélio Antônio Ferreira, Padre Magalhães realizou diversos batizados em junho de 1928. Dedicada a São Jerônimo, o tradutor da Vulgata, foi benzida em 1942 pelo Bispo Diocesano, finaliza Edelweis. Atualmente a Paróquia de São Jerônimo conta com Vigário próprio e está ligada à Cúria Diocesana de Ituiutaba.
Gurinhatã passou a distrito de Ituiutaba pelo Decreto-Lei Nº 1058, de 31/12/1943. O município foi criado em 31/12/1963, pela Lei Estadual Nº 2764. Já sua instalação deu-se há 1º/03/1963. Seu antigo arraial satélite chamado GURITA, pela Lei Nº 8285, de 08/10/1982 foi elevado a Distrito, com o novo nome de FLOR-DE-MINAS, sendo instalado solenemente há 16/03/1983. O ainda distrito de Flor de Minas está situado no extremo noroeste do seu município (Gurinhatã), à margem esquerda da Rodovia ‘BR-365’.
O primeiro Prefeito de Gurinhatã foi o saudoso ADALARDO MUNIZ BORGES, tendo sido eleito em outros pleitos.
Juridicamente o município está subordinado à Comarca de Ituiutaba.
Fonte: MONOGRAFIA MUNICIPAL – IBGE | Arquivo Agência Ituiutaba